segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Variações Linguísticas

Existem três tipos de variações lingüísticas: diatópicas, diafásicas e diastráticas, alguns autores incluem a variação diacrônica.

A variação diatópica é a variação regional. É uma mesma língua sendo falada de forma diferente dependendo da localidade.

A variação diafásica é a variação que ocorre em situações de fala. A mesma pessoa muda a sua maneira de falar dependendo do ambiente (formal ou informal).

A variação diastrática ocorre nos grupos sociais, nas comunidades. Por exemplo: os advogados, os surfistas, os religiosos, os bandidos, etc.

A variação diacrônica ocorre através do tempo. São as pessoas do mesmo grupo social ou da mesma região mudando a maneira de falar com o decorrer dos anos.

Entender as variações lingüísticas é importante porque mostra às pessoas que elas não devem ser preconceituosas quando ouvirem alguém falar diferente.

Obs: texto original do blog Mistério das Letras.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Gêneros Textuais

São todos os textos escritos, orais ou visuais como imagens, sons, conversas informais, mensagens de celular, que possuem ampla circulação social e função determinada na sociedade. Eles não se caracterizam por aspectos formais, linguísticos ou estruturais, mas sim por aspectos sócio-comunicativos e funcionais. São em números infinito, então seguem alguns exemplos:

Poema

Da Imparcialidade
O homem - eternamente escravo de suas paixões pessoais -
Ë absolutamente incapaz de imparcialidade.
Só Deus é imparcial.
Só Ele é que pode, por exemplo,
Abençoar, ao mesmo tempo,
As bandeiras de dois exércitos inimigos que vão entrar em luta... (Mário Quintana)

Horóscopo

Capricórnio:
Esforce-se para se comunicar com clareza, peça registros de tudo que for discutido; você pode se prejudicar por conta da imaginação criadora de alguém próximo. Exatidão e contenção não estão com nada hoje, precavenha-se.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Tipos Textuais

Texto Argumentativo:
Chegando ao terceiro milênio, o homem ainda não conseguiu resolver os graves problemas que preocupam a todos, pois existem populações imersas em completa miséria, a paz é interrompida freqüentemente por conflitos internacionais e, além do mais, o meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico.
 Embora o planeta disponha de riquezas incalculáveis – estas, mal distribuídas, quer entre Estados, quer entre indivíduos – encontramos legiões de famintos em pontos específicos da Terra. Nos países do Terceiro Mundo, sobretudo em certas regiões da África, vemos com tristeza, a falência da solidariedade humana e da colaboração entre as nações.
Além disso, nesta últimas décadas, temos assistido, com certa preocupação, aos conflitos internacionais que se sucedem. Muitos trazem na memória a triste lembrança das guerras do Vietnã e da Coréia, as quais provocaram grande extermínio. Em nossos dias, testemunhamos conflitos na antiga Iugoslávia, em alguns membros da Comunidade dos Estados Independentes, sem falar da Guerra do Golfo, que tanta apreensão nos causou.
Outra preocupação constante é o desequilíbrio ecológico, provocado pela ambição desmedida de alguns, que promovem desmatamentos desordenados e poluem as águas dos rios. Tais atitudes contribuem para que o meio ambiente, em virtude de tantas agressões, acabe por se transformar em local inabitável.
 Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar que o homem está muito longe de solucionar os graves problemas que afligem diretamente uma grande parcela da humanidade e indiretamente a qualquer pessoa consciente e solidária. É desejo de todos nós que algo seja feito no sentido de conter essas forças ameaçadoras, para podermos suportar as adversidades e construir um mundo que, por ser justo e pacífico, será mais facilmente habitado pelas gerações vindouras.


Texto Expositivo:




Texto Descritivo:
A casa da fazenda ( Monteiro Lobato)
Era um casarão clássico das antigas casas negreiras. Assobradado, erguia-se em alicerces o muramento, de pedra até meia altura e dali em diante, de pau-a-pique. Esteios de cabriúva entremostravam-se, picados a enxó, nos trechos donde se esboroara o reboco. Janelas e portas em arco, de bandeiras em pandarecos. Pelos interstícios de pedra, amoitavam-se samambaias, fases de noruega, avenquinhas raquíticas. Num cunhal, crescia anosa figueira, enlaçando as pedras no terrível cordoalha tentacular. À porta da entrada ia ter uma escadaria dupla, com alpendre e parapeito esborcinado.


Texto Injuntivo:
 - Cuidado com o cão! Afaste-se!
- Se preferir, acrescente coco ralado à mistura.
- Venha para minha festa de aniversário. Estou aguardando.
- Te amarei por toda vida, case-se comigo!


Texto Narrativo:
Tragédia Brasileira (Manuel Bandeira)
Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade.
Conheceu Maria Elvira na Lapa - prostituída com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria.
Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria.
Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.
Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. Não fez nada disso: mudou de casa.
Viveram três anos assim.
Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.
Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato...
Por fim, na rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e inteligência, matou-a com seis tiros, e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul.


Texto Poético:
O Eu-poético

Minha poesia é suja, medíocre, falsa
Me falta o altíssimo vocabulário dos literários
Me falta as belíssimas temáticas da antiguidade

Não gosto de falar de amor, nunca vivi nenhum
Gosto de falar de dor, isso em mim é comum

Minha temática é a vida, vivida, convivida
Meu vocabulário é baixo, baixíssimo

Grandes poetas enfatizam o amor
Eu o despreso, o desgasto, o desmoralizo, o piso
Grandes poetas não falam em dor
Eu a clamo, a chamo, a escrevo, a como, a bebo

O amor é chato, fácil, simples
A dor é intensa, imensa, profunda.
Allann Xavier

Variação e Preconceito Linguístico

Para a linguística, não existem erros gramaticais nas línguas naturais. A noção de correto é imposta pela gramática normativa, gerando um preconceito contra as variedades não padrão.
As pessoas escolarizadas utilizam o português culto ou variedade padrão. Já um analfabeto só conhece o português popular ou variedade não padrão.
Quando conversamos com nossos amigos usamos português informal. O  que não acontece em nosso trabalho ou em uma entrevista de emprego.
Isto chama-se adequação.
Idosos e jovens também possuem maneiras diferentes de falar (socioletos).
Existem as expressões de determinados momentos históricos, como gírias dos anos 60.
E existe ainda a maneira própria de cada pessoa se expressar, chamada idioleto.
Resumindo, não existem formas erradas nem certas, exceto a grafia das palavras sujeita a uma legislação específica. O que existe é a forma adequada de se expressar, dependendo do espaço de interação em que ocorrem.